Como é ser um aluno de graduação? O educador Paulo Freire tem uma frase que ressalta o desenvolvimento do professor como processo reflexivo: “Ninguém começa a ser educador numa certa terça-feira às quatro horas da tarde. Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma como educador, permanentemente, na prática e na reflexão sobre a prática” (FREIRE, 1991, p. 58)*. Assim, um aluno de graduação não acorda num belo dia sabendo como é ser um universitário: ele se torna um, aos poucos.
O ensino superior requer maior autonomia do que a que é desenvolvida no período da escola, e alguns cuidados podem ser muito eficazes para entender-se como estudante, adaptar-se ao ambiente acadêmico e aproveitar esse período para uma grande transformação pessoal. Mas por onde começar? Aqui vão três dicas essenciais para quem vai começar a trilhar esse caminho:
1 – Organize-se!
O tempo pode ser seu inimigo ou seu amigo, cabe a você essa escolha com uma boa organização. Para isso, use agenda, aplicativos e os lembretes do Moodle. Valem também post-its e quadro de avisos em sua casa. A organização do tempo é fundamental para preparar-se para as aulas, bem como para executar tarefas e trabalhos e entregá-los nos prazos corretos.
2 – Comunique-se!
Você não está sozinho! O ambiente universitário pode propiciar novas amizades, e muitas delas duradouras. Permita-se conhecer novas pessoas, abra-se para ampliar seu relacionamento social, aprenda com os colegas. Comunique-se, pergunte aos companheiros de sala, converse com os professores, não fique com dúvidas. O espaço universitário é para aprendizado mútuo.
3 – Construa-se!
Seu jeito de ser aluno é só seu. Construa-se como aluno! Ninguém nasce acadêmico, nos tornamos. Isso significa refletir sobre seus objetivos, suas ações e seus resultados. Se houver equilíbrio e coerência, está no caminho certo. Se tiver dificuldades, não vacile e busque ajuda. Aproveite esse momento único e especial de ser aprendiz.
*FREIRE, Paulo. A Educação na Cidade. São Paulo: Cortez, 1991.
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Marta de Oliveira Gonçalves é doutora em Educação: Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP), psicóloga, psicopedagoga e docente do Instituto Singularidades.
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