Entre as grandes mudanças propostas pela nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), trabalhar com componentes curriculares que incluam as linguagens visuais e digitais como uma maneira de reinterpretar os conteúdos tradicionais orais e escritos tornou-se necessário aos educadores.
Para todos os professores é imprescindível fazer esta transição, e para ajudá-los neste processo, o Instituto Singularidades tem desenvolvido diversos conteúdos para apresentar o assunto de forma prática para aplicação em sala de aula.
Um dos primeiros materiais é composto por uma aula inaugural do curso “Narrativas Gráficas”, que pode ser conferido aqui. O professor Felipe Saldanha (com a participação especial do diretor executivo do Instituto Singularidades, Miguel Thompson) traz um panorama sobre narrativas gráficas, contextualizando-as e discutindo como isso se organiza em termos imagéticos.
Para Miguel Thompson, a importância das narrativas gráficas na construção dos conteúdos disciplinares dos próximos anos só vai crescer. “Acho que o ideal é que a gente leia essas matrizes da BNCC e entenda como são feitas essas proposições de novas linguagens. Os alunos vão adorar, porque é o mundo deles. É o que eles fazem cotidianamente, e vão aprender ao mesmo tempo em que serão autores de projetos que a gente vai poder espalhar pela internet, ou em encontros na própria escola”, conclui.
Felipe, que além de docente é jornalista e designer gráfico, fala sobre pensar o design “como uma caixa de ferramentas”. Ele enfatiza a importância dos professores aprenderem como organizar imagens em geral (fotos, ilustrações), de como elas se organizam entre si, e também entender como funciona um programa de diagramação.
Um exemplo de como compreender a “conversa” e o significado destes elementos gráficos numa página de jornal foi uma das atividades propostas pelo professor na aula inaugural, na qual pediu para a apresentadora Tati de Souza analisar a capa de um periódico chinês, apenas por meio da observação da disposição das imagens no papel. “A ideia é formar agrupamentos significativos que ajudem na interpretação das imagens”, explica o professor.
Outras abordagens que englobam o entendimento de narrativas gráficas incluem fotografia (até que ponto esta forma de arte e expressão é real ou quanto a edição e a subjetividade interferem nela) e infográficos, cada vez mais usados nos meios impressos quanto nos digitais como uma forma híbrida de texto e imagem, de compreensão mais simples.
A aula inaugural sobre Narrativas Gráficas é uma prévia de um curso on-line com a mesma temática, que propõe desenvolver habilidades semelhantes às de um designer gráfico, por meio da obtenção de noções de hierarquia de elementos estéticos de forma criativa e funcional, que colaboram para a efetividade do conteúdo oferecido aos alunos.
Felipe Saldanha é doutorando em Ciências da Comunicação pela USP , mestre em Tecnologias da Informação pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e graduado em jornalismo pela mesma instituição. É professor no Instituto Singularidades.
Para saber mais: http://institutosingularidades.edu.br/novoportal/
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