Você já ouviu falar da Visible Learning e como ela trabalha a aprendizagem profunda por meio do uso de metodologias ativas, tanto por parte do professor quanto de seus futuros ou atuais alunos? Sabia que esta é uma das mais modernas abordagens pedagógicas da atualidade, conectando-se com o ser humano que a escola formará no futuro.
Este tema tão fascinante é também o de um dos cursos de extensão do Instituto Singularidades, “Abordagem Visible Learning: Experiências Teórico-Práticas de Aprendizagem Criativa, Metodologias Ativas e Avaliação Integradora”. A seguir você confere uma entrevista com Julia Pinheiro Andrade, docente do curso.
Como o Visible Learning e as metodologias ativas se conectam com a formação de estudantes para um futuro de profissões que ainda não foram criadas?
O curso traz estratégias ativas para que professores e estudantes tornem seus pensamentos visíveis e compartilhem critérios comuns para (auto) avaliar aprendizagens.
Assim, traz ferramentas eficazes para articular o ensino (ótica do professor) e a aprendizagem (ótica do aluno), para o desenvolvimento de competências (na definição da Base Nacional Comum Curricular – BNCC: conhecimentos, habilidades, valores e atitudes).
Competências serão o coração da formação para esse futuro incerto, em que certamente precisaremos ter repertório denso para aprender a colaborar e recriar em cenários completamente diferentes dos atuais.
Que ferramentas o curso oferece ao estudante-professor na criação de práticas inovadoras em sala de aula?
As principais são estratégias de documentação e autoavaliação do pensamento (como por gráficos de radar, por rubricas, por rotinas de pensamento) e diversas estratégias de resolução de problemas e criação em grupos (como wordcafe, ensino por estações, desafios em circuitos elétricos em papel e em massinha e design thinking).
Além disso, desenvolve diferentes estratégias de planejamento para o professor pensar e monitorar seus objetivos educacionais e curriculares no curto e no longo prazo.
Como a meta-análise das formas de ensinar e de aprender (por meio do desenvolvimento de uma “expertise coletiva”) pode colaborar na formação de uma educação inclusiva e integral?
A educação integral visa desenvolver plenamente todos os sujeitos e integrar competências complexas (intelectuais, emocionais, físicas, sociais e culturais). As pesquisas e meta-análises demonstram que o que mais tem impacto na aprendizagem dos estudantes é a expertise coletiva colaborativa entre professores.
É no coletivo institucional e intencional desse coletivo docente que se torna possível assumir o compromisso com a educação integral e o desenvolvimento de todos e de cada um. Para isso, o coletivo desenha estratégias de ensino centradas na aprendizagem ativa dos estudantes.
Como os professores são desafiados a assumir a perspectiva da aprendizagem do estudante, se tornam efetivamente aptos a redesenharem situações de ensino que garantam aprendizagens significativas e ativas.
Deste modo, por meio da homologia de processos, como estudantes, aprenderam a ser “professores” de seu próprio desenvolvimento, desenvolvendo meta-cognição e investigação autônoma.
Quais são as competências que o aluno deverá ter desenvolvido ao fim do curso?
Sobretudo competências ligadas à intensa colaboração, comunicação e criação em grupo e as capacidades relacionadas a um rigoroso processo de planejamento docente para a educação integral.
Julia Pinheiro Andrade é pesquisadora do Centro de Referências em Educação Integral e assessora em arquitetura de Aprendizagem na Atina Educação. É coordenadora e professora do curso de extensão “Abordagem Visible Learning: Experiências Teórico-Práticas de Aprendizagem Criativa, Metodologias Ativas e Avaliação Integradora”, no Instituto Singularidades
Para saber mais: http://institutosingularidades.edu.br/novoportal/produto/visiblelearning/
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