Que palavras vêm à sua mente quando se pensa em “culturas digitais em sala de aula”? Inovação, conexão, tecnologia e protagonismo de cada um da turma de estudantes são algumas das expressões mais citadas quando se fala neste tema, que passou a estar ainda mais relacionado com as dores dos professores durante o período de isolamento social causado pela pandemia. Naquele momento não tão distante, muitos docentes foram pegos de surpresa, sem qualquer preparo ou conhecimento para transferir suas aulas do ambiente presencial para o digital.
Mesmo que para muitos professores a cultura digital pareça distante e tecnologicamente complexo, nós de fato já vivemos em meio a ela. Quando se fala em cultura digital, tratamos de num campo vasto de práticas culturais e nas relações entre as pessoas dentro delas. E quando se passa da prática simbólica em que a escola está inserida, quando se coloca o termo ‘digital’, estamos tratando de práticas que serão mediadas pelas tecnologias digitais.
Um exemplo é a diferença entre um livro físico e um digital. No primeiro, a leitura tem uma certa linearidade, em que o próprio deslocamento do olhar é linear. Já num texto digital, você pode consultar o dicionário para buscar termos que não conhece bem, pode marcar passagens etc. Isso só é possível dentro das culturas digitais.
Esse tipo de processo, o multiletramento, é o que permite que sejam criadas várias possibilidades de linguagens e, por meio delas, múltiplas possibilidades de olhar para um determinado objeto. Essa multiplicidade está prevista na nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), por meio de uma competência relacionada à cultura digital, que desloca o educando do papel de receptor para o de produtor, pensador, solucionador de problemas e protagonista.
Outro ponto imporante sobre os recursos digitais é buscar formas de democratizar seu uso, para que seja acessível a todos os alunos. O raciocínio digital não pede equipamentos caros. Muitas vezes, por meio de uma folha de papel ou outros meios acessíveis os educandos podem exercitar esse raciocínio, e o crescimento do ensino híbrido será um desafio para que os professores criem atividades que aliem recursos tecnológicos com outros analógicos, que ofereçam os mesmos benefícios.
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