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CCXP e educação: o que a o maior festival de cultura pop do mundo traz para a sala de aula?

Quadrinhos, séries, filmes, games e outros elementos da cultura pop podem ser usados na escola para renovar aulas e melhorar a relação professor-aluno

  • Posted byNayara Miranda
  • 18 de dezembro de 2019
  • in Posted in Destaques / PARA ENSINAR
  • 0

Como vem se dando a conversa entre universo das séries, dos quadrinhos, do cosplay, dos games e das grandes produções de cinema com a escola? Entre os 280 mil participantes da Comic Con Experience (CCXP) não haviam apenas adolescentes ávidos pelas novidades ou para ver seus ídolos de perto, mas também famílias com crianças, idosos e muitos adultos, entre eles, vários professores que buscavam uma nova resposta para uma pergunta que se repete a cada edição do megaevento.

Considerado o maior evento de cultura pop do mundo, a oitava edição brasileira da CCXP ocupou os 115 metros quadrados da São Paulo Expo durante quatro dias (de 5 a 8 de dezembro), na capital paulista, e surpreendeu os presentes com convidados (de protagonistas do novo filme da saga Star Wars ao elenco da versão cinemetográfica da Turma da Mônica), palestras e minieventos especiais.

A CCXP é um caldo de cultura bastante rico para professores de todas as áreas, que podem buscar no mundo pop referências ou inspirações para renovar suas aulas, aproximar-se de seus alunos ou propor novos olhares para os componentes curriculares que ensinam.

Pelo segundo ano consecutivo, a equipe do Instituto Singularidades esteve presente no evento. Conversamos com os coordenadores Marcelo Ganzela, da graduação em Letras, e Margareth Polido Pires, da Matemática, sobre os aprendizados e observações feitos por eles durante a CCXP, e como tudo isso pode ser trazido o universo da educação.

 

Que ganhos o professor pode trazer para a sala de aula ao se aproximar da cultura pop, a alma do evento?

Margareth: Um professor que se envolva, se inclua e se permita compreender a cultura dos jovens, suas nuances, personagens, subjetividades estará mais preparado para compreender as juventudes, e as necessidades de expressão e comunicação que elas buscam.

Isso os aproxima, criando cenários diversos e mais potentes para os espaços de sala de aula, novas abordagens, contextos mais significativos e propostas de projetos e atividades que poderão encantar e a fomentar mais a participação.

 

O que a organização de um evento nestas proporções e com atividades múltiplas acontecendo ao mesmo tempo ensina sobre a gestão de congressos e feiras escolares?

Margareth: Oferece pistas de que atividades que possam integrar múltiplas linguagens e culturas são bem aceitas e bem-vindas entre os jovens. Parece claro que o tom do diverso é favorável para a atenção e para a construção de referências, para ampliar conexões, para buscar sentido e significado num viés de integração.

Além disso, espaços como esses, que suportam tal variedade,  se transformam em momentos bem importantes para o exercício da espera, do cuidado e da compreensão do direito do espaço do outro.  O autoconhecimento, a empatia, a cooperação, a responsabilidade e a cidadania contidas nas competências gerais 8, 9 e 10 da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), parecem particularmente envolvidas nesse processo.

 

Como o conhecimento informal dos quadrinhos, do cinema, das séries e de outros produtos culturais pode complementar o conteúdo formal dos componentes curriculares? Pode dar algum exemplo?

​Marcelo: Todas essas modalidades são narrativas (incluindo os games) e aprender por meio delas é umas das maiores potências já comprovadas desde que a humanidade se entende como tal.

Essas narrativas não são construídas a partir do vazio, elas se pautam em vivências que os autores tiveram, e essas vivências se referem a conhecimentos construídos em nossa história.

Exemplos: a série Game of Thrones pode ajudar a entender melhor como funcionava o sistema feudal na Europa da Idade Média; muitas HQ’s e mangás trazem dilemas humanos para a discussão (questões filosóficas mesmo); o cinema pode ser gatilho para discussões sobre ciências, geopolítica e análise do discurso, entre outras áreas do conhecimento.

 

Como as diferentes formas de linguagem podem auxiliar a comunicação aluno-professor, uma vez que existem muitas expressões e gírias usadas por eles que vêm dos games, filmes, séries e quadrinhos que eles consomem?

​Marcelo: Não há aprendizado sem que se estabeleça vínculo entre o aprendiz, o conhecimento e quem o ensina. [O pedagogo] Vigotsky já nos ensinou isso. E essa ligação se dá por meio de linguagem (ou linguagens).

As novas gerações estão muito mais imersas em um universo de multimodalidade e de múltiplas linguagens do que as gerações anteriores. Ao nos debruçarmos sobre esta forma de comunicar-nos, estamos dizendo aos jovens que estamos dispostos a dialogar com eles: damos o primeiro passo para estabelecer esses vínculos, essas trocas.

 

 

 

Marcelo Ganzela é mestre em Letras pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), especialista em docência para a língua inglesa e licenciado em Letras pela mesma instituição. É coordenador da Licenciatura em Letras do Instituto Singularidades. 

 

 

 

 

Margareth Polido Pires é mestre em Ensino de Ciências pelo Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), bacharel em Física pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e licenciada em Ciências – Habilitação em Física pela Universidade de Bauru (UB) . É Coordenadora da Licenciatura em Matemática do Instituto Singularidades.

 

 

 

Para saber mais: https://institutosingularidades.edu.br/novoportal/

Entre em contato: [email protected]

CCXP ComiCon Experience cultura pop na sala de aula novas ferramentas pedagógicas

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