O que motiva os jovens a desejar construir uma carreira na educação? A vontade de poder apoiar e inspirar as mudanças na sociedade em que vive, em melhorar as condições de vida em sua comunidade ou mesmo ter uma profissão que o impulsione a seguir crescendo como ser humano são respostas bastante recorrentes.
E complementando essas motivações, há sempre familiares, professores e professoras, autores, autoras, teóricos e teóricas da educação que estimulam o futuro professor e a futura professora a pensar em optar por esta carreira, abrindo-lhe um mundo até então desconhecido de ideias, propostas e possibilidades.
Neste Dia Internacional da Educação— data que comemora os 21 anos do Fórum Mundial de Educação, que aconteceu em Dakar, no Senegal, com mais de 180 países firmando um compromisso global pela ampliação da educação básica — nossos docentes, alunos e coordenadores compartilham conosco suas maiores influências ao escolherem dedicar-se à sala de aula. Leia e inspire-se com os depoimentos.
““Nesse caminho na Educação, alguns educadores me marcaram e se tornaram referência. Ainda quando era estudante de Pedagogia, logo no início do curso, li o livro Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire. A sensação que me vem, e a lembrança que eu tenho daquele momento, é de um verdadeiro encantamento com o que aprendi e como me identifiquei com o conteúdo. Lembro-me de me envolver já no sumário e pensar: como pode este livro trazer tudo o que eu gostaria de ler nesse momento?
Posteriormente, no meu percurso profissional, foi com as leituras dos textos de Antônio Nóvoa que pude refletir muito sobre “ser professor”. No livro Vidas de Professores (precisa dizer algo mais sobre um livro com esse título?) o texto do Nóvoa, Os professores e as histórias das suas vidas, até hoje me provoca reflexões.
As inspirações que mobilizam a construção da nossa identidade profissional merecem destaque. Elas dizem muito sobre o nosso modo de ser e agir profissionalmente. No curso de Pedagogia do Singularidades, os futuros professores resgatam, intencionalmente, não só os autores que os influenciaram no seu percurso acadêmico, mas também outras pessoas que os inspiraram e, consequentemente, refletiram e refletirão na constituição de sua identidade como professores.
Essa constituição é feita assim, por inúmeras vozes em diálogos, diretos e indiretos, que vão compondo o nosso percurso na Educação. Para esses inspiradores, vozes gigantes, a minha homenagem no Dia da Educação.”
Cristina Nogueira, coordenadora da graduação em Pedagogia
“”Minha escolha por ser professora surgiu de educadores especiais que passaram pela minha vida e que, com muita alegria, posso dizer que me inspiram até hoje! No magistério, duas professoras mostraram que a paixão por aquilo que se faz transforma relações em sala de aula: Salete, a professora de Biologia, e Lourdinha, a professora de Língua Portuguesa. Cursei Biologia inspirada pela Salete; adoro escrever, inspirada pela Lourdinha.
Homenageio educadores que passaram pela minha vida, neste Dia da Educação, para relembrar que cada um de nós, professores, temos em nossas mãos o potencial de inspirar mais e mais estudantes para a carreira docente.”
Lilian Bacich, coordenadora da pós-graduação em Metodologias Ativas
“”Entrei em sala de aula meio por acaso, com o objetivo de sobreviver e poder seguir na carreira acadêmica. Daí que fui mobilizada pelos alunos, por terem tanta dificuldade com minha área.
Acabei indo parar num grupo de estudos para professores, para tentar entender o que estava fazendo de errado e como poderia ajudar os alunos. Gostei e fiquei.
Então, não tenho uma pessoa que me inspirou, mas um conjunto delas, meus alunos e outros professores que, tal como eu, queriam ver mudanças em sala de aula.”
Margareth Polido, coordenadora do Curso de Matemática
“”Não tenho uma, mas muitas inspirações que me fizeram seguir pela jornada da educação. Aqui, lembro-me desde algumas professoras e professores da educação básica e do ensino superior e até o meu pai, que sempre me ensinou o valor do conhecimento. No entanto, tenho sim inspirações (diárias) que me fazem seguir por essa caminhada.
Quando volto para a minha trajetória, percebo que foi o ato de ensinar e acreditar que é só por meio do conhecimento que promovemos mudanças, e identifico a minha grande inspiração para escolher e me manter na jornada da educação.
São todos os alunos e alunas que tive a oportunidade de estar ao lado, de contribuir e aprender ao longo desses anos. E aqui, percebo o privilégio de não me inspirar, apenas, no começo, mas principalmente durante o percurso dessa estrada desafiadora, mas gratificante, que é a educação.”
Adriessa Santos, professora da pós-graduação em Neurociência
““Comecei a trabalhar muito cedo e tinha um chefe que vivia me dizendo: “o melhor lugar que você ocupa em sua vida é numa sala de aula”. Aquela frase não me saía da cabeça! Ainda nesse período, no Ensino Médio, eu assistia as aulas da “prô Catarina”, docente dedicada, que sempre levava suas aulas como muita técnica, cuidado, humor e empatia.
Ela enfrentava todas as dificuldades de uma escola precária e periférica, exercendo uma escuta ativa e parecendo sempre entender a particularidade de cada estudante.
Eu não tive dúvida: queria ser “uma Catarina”: impactar a realidade de todos aqueles jovens de uma maneira singular, e fazê-los acreditar na educação como arma transformadora!
Já no segundo semestre do curso que escolhi fazer (Licenciatura em Letras), conheci aquele que explicava, na teoria, o que Catarina fazia na prática: Paulo Freire, que entre tantas palavras transformadoras, propunha olhar para o estudante como centro do processo ensino-aprendizagem.
E para as futuras “Catarinas”, deixo uma frase de Freire, que não pode fazer maior sentido neste depoimento: “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.”
Márcia M. Pereira, professora de Letras
“”Desde criança sempre quis ser professor. A cada ano que passava, a certeza ia se fortalecendo. Todavia, quando ingresso no Ensino Fundamental 2, algumas figuras potencializam esse desejo, me inspirando. Foi a Dona Cidinha, professora de Ciências. Junto dela, a Dona Luísa, professora de Educação Física.
No Ensino Médio, Dona Tininha e sua paixão pela literatura me confirmaram que minha trilha seria pelas Letras. Eu queria ser professor. Queria trabalhar na sala de aula.
Agora, os reais sentidos da educação, de sua potência transformadora e de sua responsabilidade social só vieram no Ensino Superior! De alguma forma, todos os meus professores da graduação me ajudaram a perceber que a educação é o caminho.”
Marcelo Ganzela, coordenador da graduação em Letras
““Honestamente, não consigo pensar em uma única inspiração para a escolha de trabalhar com educação. Para mim, não foi bem uma escolha. O meu nome veio de uma aluna muito querida da minha mãe e isso já diz muito. Eu não escolhi ser educadora, eu me descobri e sigo me descobrindo educadora.
E, hoje, quando olho para minha trajetória até aqui, penso em inúmeras inspirações: minha mãe, educadores e educadoras que tive e tenho, colegas de trabalho, pessoas que pensam e escrevem a educação. Entendo como inspiração a educação por si só, absolutamente todas as pessoas que fazem educação.
Quando entendi essa relação, entendi a canção de Chico César: “Quando o olho brilhou, entendi. Quando criei asas, voei. Quando me chamou, eu vim. Quando dei por mim, tava aqui”. E uma vez aqui, descoberta e apaixonada, entendo como meu propósito de vida. Educação é isso, é propósito.”
Nani Gonçales, aluna da graduação em Letras
Que o Dia Internacional da Educação seja relembrado e traga reflexão a todos os educadores e educadoras! Esperamos que, juntos, possamos cada vez mais contribuir para a educação em nosso país e no mundo. Confira também outra versão dos nossos depoimentos em nossos canais digitais (Facebook e Instagram).
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