A escola de hoje, com seu formato tradicional de aula expositiva e muito centrada no professor, já não abarca todos os interesses dos alunos atuais e futuros. O mundo muda muito e rápido: novas abordagens e metodologias pedagógicas que coloquem o aluno como protagonista e utilizem diferentes formas de linguagem devem ser usadas para tornar a educação mais atrativa para a geração Z, formada pelos nativos digitais. Entre as mais faladas e aplicadas recentemente estão as metodologias ativas, que é um dos diferenciais do ensino do Instituto Singularidades.
Aquele aluno passivo, que só absorvia o conteúdo transmitido pelo professor está em processo de extinção, e muitas escolas ainda não se deram conta disso. “Os estudantes de hoje já não são mais como caixinhas onde o professor vai derramando o conteúdo. Eles precisam vivenciar experiências de aprendizagem que são engajadoras, que façam com que eles coloquem a mão na massa. Que os ajude a criar suas próprias ideias, perceber ideias complexas no mundo que o rodeia e, ainda, pensar em soluções para problemas”, avalia a professora Carolina Costa, professora do curso Metodologias Ativas: princípios, práticas e tecnologia, cuja aula inaugural pode ser conferida aqui.
Os princípios da abordagem pedagógica
Tendo como base seu livro “Metodologias Inov-Ativas na Educação Presencial, a Distância e Corporativa” escrito em parceria com Andrea Filatro, Carolina lista alguns dos princípios das Metodologias Ativas que serão abordados no curso.
O primeiro deles é o protagonismo. Segundo ela, o aluno de uma escola ou professor que utiliza essa abordagem participa, está envolvido e é o dono de sua aprendizagem, não sendo meramente um receptor de conteúdo.
O segundo princípio é o da reflexão-ação. “Nas metodologias ativas o aluno vai agir para aprender o processo a partir de experiências práticas, mas ele precisa parar em algum momento para refletir. Esses são os momentos em que o estudante vai fazer conexões entre aquilo que viveu durante suas experiências de aprendizagem e a teoria que também está aprendendo”, explica a professora.
Carolina rebate os que dizem que nesta abordagem não é estudado o conteúdo. Ela explica que os professores precisam partir da base teórica para fundamentar e ajudar o aluno a fazer conexões dela com os problemas do mundo que o rodeia. Ela tá um exemplo prático de como o professor pode incentivar esta conexão.
“Os alunos podem pesquisar sobre a escassez da água no seu município, em como lidar com esse problema tão complexo. Eles pesquisam, conversam com os vizinhos, com outras pessoas da comunidade, talvez visitem a prefeitura para falar com gestores públicos e para entender essa questão. Mas depois eles voltam para sala de aula, para os materiais didáticos, para buscar na teoria o que os especialistas dizem de tal assunto. Esses momentos de reflexão tomam uma dimensão muito mais interessante, juntando o âmbito conceitual e o prático. Essa junção é muito importante para aprendizagem”, explica.
O terceiro princípio que fundamenta as metodologias ativas é a colaboração. Há uma crença por parte de alguns educadores de que só se pode fazer metodologias ativas em grupo. Segundo Carolina, o professor pode tanto propor atividades nas quais o aluno trabalha de forma individual, mas geralmente fica mais engajador trabalhar em grupos. “Nas equipes, a gente vai ter pessoas com perfis diferentes, com visões de mundo opostas, e essa junção de perspectivas é muito rica para o processo de aprender”, avalia.
A professora reforça que, quando questionado sobre o que sabe, o estudante é provocado a justificar suas crenças e defender suas ideias, o que o move para seguir em busca do conhecimento. Então a colaboração é uma base muito forte quando pensa-se em metodologias ativas, e ela pode se dar de diferentes formas.
“A gente vê alunos colaborando não só em sala de aula organizados em grupos, mas também por meio das tecnologias disponíveis, seja pelo uso de redes sociais ou aplicativos como o WhatsApp, por exemplo”, relata a professora.
Além destes conceitos, Carolina irá se aprofundar em outros pontos fundamentais das metodologias ativas, como a sala de aula invertida, o movimento maker e o design thinking. O curso usa de múltiplas linguagens, como vídeo, vídeoaula, podcast, cartuns, textos e atividades práticas. Quer aprender mais sobre essa abordagem pedagógica tão inovadora? Aproveite o desconto para se matricular já!
Carolina Costa Cavalcanti é doutora em Educação pela USP, mestre em Tecnologias Educacionais pelo Instituto Tecnológico de Monterey (México) e é pesquisadora do Núcleo de Novas Arquiteturas Pedagógicas da USP. Também é professora do Instituto Singularidades.
Para saber mais: https://loja.isesp.edu.br/cursos/todososcursos/metodologias-ativas-de-aprendizagem/
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