Quais as possibilidades e desafios que o e-learning abre para os professores?
As possibilidades para os professores são muitas e similares às oferecidas aos alunos. Quanto aos desafios, o principal está relacionado com a dificuldade de muitos professores com a tecnologia. Essa dificuldade gera uma barreira ao ensino via e-learning.
Muitos deles não tem tanta afinidade com a tecnologia?
O professor possivelmente teve uma formação diferente e sem o uso de tecnologia. Então, agora é uma tarefa árdua reaprender a aprender e, por que não dizer, a ensinar. Nesse sentido, os principais desafios estão atrelados a formar esse professor para que seja proficiente no uso de tecnologia e possa aprender e ensinar via e-learning.
Como você enxerga a evolução do e-learning nos próximos anos? Que novas possibilidades essas plataformas de educação devem trazer?
Mobile, histórias que deem sentido aos dados, proximidade entre aprendiz e tutor ou professor estão entre elas. As plataformas devem trazer novos modelos e formatos que gerem mais engajamento no aprendizado. Uma possibilidade é alinhar aspectos do entretenimento, onde o aluno aprenda se divertindo.
Quais os benefícios que as ferramentas digitais têm trazido à educação?
Para mim, um benefício fundamental é a possibilidade de escalar uma educação de qualidade, que chegue aos lugares em que a educação presencial não consegue, utilizando recursos inovadores e de baixo custo. As ferramentas digitais estão trazendo uma educação mais próxima a realidade do aluno, de sua vivência e de suas atividades diárias.
Quanto o e-learning cresceu no Brasil em quantidade de cursos nos últimos anos?
Segundo o Censo da Educação Superior de 2016 do Ministério da Educação (MEC), o número de matrículas em cursos de graduação à distância aproxima-se de 1,5 milhão, o que corresponde a 18,6% dos 8,04 milhões de universitários no país. Somam-se a esse contingente cerca de 2,9 milhões de alunos dos cursos livres corporativos e não corporativos, conforme contabilizou o censo da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed). Uma década atrás, a educação à distância (EAD) respondia por 4,2% dos graduandos brasileiros e os cursos presenciais concentravam 95,8% das matrículas.
No seu ponto de vista, o que alavanca este crescimento?
O crescimento do e-learning está atrelado ao engajamento do aluno. Por exemplo, é comum vislumbramos Massive Open Online Courses (os MOOCS) com alto índice de entrada e baixa taxa de conclusão, e isso se deve à falta de engajamento dos alunos no curso. Assim como um curso presencial, é importante acompanhar a entrada de alunos e os índices de conclusões.
Alini Dal Magro é mestra em Empreendedorismo pela Universidade de São Paulo (USP) e possui graduação em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atualmente é diretora de Estratégia e Novos Negócios do Instituto Singularidades.
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