A utilização de metodologias ativas é um desafio inerente à educação no século XXI. Sem dúvida, com a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) isto ficou mais evidente, quando o foco do processo de ensino e aprendizagem deixa de ser o conteúdo, e passa a ser o desenvolvimento de competências que vão muito além dos aspectos cognitivos, abrangendo não só a mobilização de conceitos e procedimentos, mas também competências socioemocionais e atitudinais.
Neste sentido, a sala de aula identificada como “tradicional” não responde mais às necessidades impostas por esta nova perspectiva educacional. Portanto, as decisões pedagógicas deverão, cada vez mais, utilizar estratégias pedagógicas inovadoras com o objetivo de, ao longo da educação básica, possibilitar aos estudantes continuarem sendo gestores de sua aprendizagem e cada vez mais preparados para os desafios que a sociedade atual nos impõe.
Crescente a cada ano, o uso de tecnologias na educação já vem sendo discutido mesmo antes da BNCC, porém, o documento trouxe à luz algumas questões diversas e importantes sobre o tema. Uma das 10 competências gerais da base destaca sua relevância:
“Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer o protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.” (Competência Geral 5, BNCC, p. 09)
Portanto, um grande desafio que se apresenta para as escolas e redes de todo o país é incluir ou intensificar em seus currículos estratégias para o desenvolvimento das tecnologias, da cultura e da comunicação nos meios digitais.
Paralelamente, é necessário ampliar os horizontes para que os estudantes possam desenvolver uma atitude crítica em relação ao conteúdo e sua própria produção midiática e digital.
Aulas mais interessantes e protagonismo dos alunos
Aos professores que buscam dicas para tornar suas aulas mais interessantes, penso que o mais importante é ver o estudante como protagonista do seu processo de aprendizagem, e isto pode ocorrer deste os primeiros anos de sua formação até o final da educação básica, considerando como enfoque as mudanças trazidas pela BNCC.
Outro aspecto importante é entender que os estudantes não têm um percurso único, aprendendo de formas diversas e em tempos diferentes.
Assim, os professores são desafiados a oferecer experiências pedagógicas diferenciadas que, com certeza, ampliarão as oportunidades de êxito das aprendizagens essenciais definidas pela BNCC.
As estratégias são variadas. Vão desde Project Based Learning (PBL) – ou aprendizagens baseadas em projetos – por meio do qual os alunos são desafiados a resolver um problema coletivamente, até aprendizagens em grupos (Team Based Learning – TBL), nas quais os grupos ou times são levados a solucionar uma questão e mobilizam as competências do grupo para alcançar seus objetivos.
Assim, as atividades didáticas devem ser planejadas com foco nas necessidades do aluno e em estratégias múltiplas para atender seus objetivos, sendo o mais importante a efetiva aprendizagem de nossos estudantes.
Romane Fortes é Coordenadora Geral da Pós-Graduação do Instituto Singularidades
Para saber mais: https://loja.isesp.edu.br/cursos/todososcursos/bncc-do-curriculo-a-sala-de-aula/
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