Uma pesquisa realizada em 2015 pela Universidade Federal do Rio Grande do Sl (UFRGS) em 25 cidades brasileiras mostrou um quadro desalentador. Dos entrevistados (todos adultos com mais de 25 anos), a maioria não sabia fazer operações matemáticas simples; 75% não podia calcular médias simples; 63% não soube calcular porcentagens e 75% não compreende frações.
Essas cifras mostram que a matemática ainda assusta muita gente, e que muitos tiveram formação insuficiente nesta disciplina durante seus tempos escolares.
Por conta deste lapso, o professor Valdir Silva ofereceu a oficina “Operações Básicas em Matemática” durante um evento do Portas Abertas da Segunda Licenciatura em Matemática do Instituto Singularidades.
Valdir acredita que conhecer as operações básicas é uma ferramenta importante para a vida cotidiana de todas as pessoas, não apenas dos futuros professores. Na entrevista a seguir ele conta como foi o evento e seus objetivos durante sua realização.
O tema da sua palestra foi “operações básicas da matemática”. Por que você o escolheu?
Porque as operações básicas estão presentes em todos os segmentos da educação e, mais do que isso, em todas as nossas práticas cotidianas. Precisamos melhorar estas práticas com os alunos e utilizarmos transposições didáticas (metodologias que tornam conceitos complexos em algo mais compreensível para o aluno) efetivas, permitindo maior segurança ao professor e uma melhor assimilação por parte dos alunos.
Que tipo de dificuldade você identifica nos estudantes-futuros professores neste campo?
Nos campos conceituais, nos conteúdos propriamente ditos. Os estudantes estão cercados de didáticas e filosofias todo o tempo, e acredito que um maior acesso aos conteúdos matemáticos facilitaria a intervenção do professor quanto à formação da visão de mundo dos alunos.
Quais foram as principais dúvidas apontadas?
Na oficina não nos detivemos às dúvidas, elas ficaram em segundo plano. O objetivo foi o de permitir aos alunos/professores que observassem, por meio de uma atividade simples e que pudesse ser aplicada desde a educação infantil até o ensino médio.
Meu objetivo era mostrar que qualquer aluno poderia executar a atividade sem falarmos em conteúdo, sem realizar nenhum cálculo. Só após o término da atividade entramos em uma socialização didático-pedagógica, que tornou possível entender quais elementos foram alcançados e a quais outros poderíamos chegar, cada um em seu nível específico.
Como foi a recepção do público assistente?
As oficinas de Matemática sempre têm boa recepção, pois os temas e atividades são ofertadas sempre pensando na aplicabilidade e na dificuldade dos professores e alunos.
Valdir Silva é Coordenador de Relações Interinstitucionais do Instituto Singularidades e Professor de Matemática
Para saber mais: http://institutosingularidades.edu.br/novoportal/produto/segunda-licenciatura-matematica/
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