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Alfabetização e BNCC: os desafios que vêm por aí

As professoras Cristiane Mori e Antonieta Megale falarão no Bett Educar sobre os desafios e das oportunidades que a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) representa para a alfabetização

  • Posted byAna Karla
  • 13 de maio de 2019
  • in Posted in Destaques / PARA APRENDER / PARA ENSINAR
  • 0

Até a década de 1980, a alfabetização era discutida em termos do melhor método para se alfabetizar, ou seja, tinha destaque o “como ensinar”. A psicogênese da língua escrita deslocou a discussão para a natureza do objeto de conhecimento e, consequentemente, para o processo que a criança trilhava para descobrir a natureza e as propriedades desse objeto. Na nova BNCC, o foco está nas competências leitora e escritora e, por decorrência, nas habilidades que a criança deve desenvolver para se alfabetizar.

Para compreender o que a BNCC propõe e, principalmente, para implementar essa proposta nos currículos, é preciso disciplinar o olhar e considerar não apenas as habilidades gerais previstas para todos os campos de atuação dos 1º e 2º anos do Ensino Fundamental, mas também para aquelas indicadas para os campos de atuação específicos – artístico-literário, de estudo e pesquisa, da vida cotidiana e da vida pública –, bem como para as quatro práticas de linguagem contempladas no documento: leitura, produção de textos, oralidade e análise linguística e semiótica.

Somente esse olhar ampliado conduz à compreensão da proposta para a alfabetização prevista na BNCC e, sobretudo, para a possibilidade de construção de um currículo em que as crianças possam, de fato, desenvolver as habilidades necessárias para ler e escrever textos variados em situações significativas e contextualizadas.

A implementação desse documento e a organização de suas diretrizes em uma proposta curricular exige, assim, considerar como os quatro campos de atuação serão organizados e quais gêneros discursivos serão explorados em cada ano escolar.

As modalidades organizativas podem, aqui, se constituir em uma poderosa ferramenta que auxilia nessa organização: os gêneros do campo da vida cotidiana, por exemplo, podem estar nas atividades permanentes, considerando-se, sobretudo, sua potência para as atividades que promovem a análise e a reflexão sobre as propriedades do sistema de escrita: parlendas, cantigas, quadrinhas, listas, bilhetes etc.

Os gêneros do campo artístico-literário podem ser focalizados em sequências de atividades que, explorando as propriedades temáticas, composicionais e estilísticas dos gêneros, contribuem para sua leitura e produção textual.

O campo da vida pública propõe gêneros que também podem ser focalizadas em sequências de atividades, como é o caso das notícias, reportagens, carta de leitor; alguns que podem gerar projetos, como os álbuns noticiosos e outros que podem estar em atividades pontuais, como cartas de reclamação, abaixo-assinados e regulamentos.

O mesmo se dá em relação ao campo das práticas de estudo e pesquisa, cujos gêneros podem estar em sequências de atividades (os verbetes de curiosidade, por exemplo); em projetos, como as entrevistas, gráficos e infográficos; em atividades pontuais, com os relatos de experimentos, ou em atividades permanentes, como é o caso dos enunciados de tarefas escolares.

Observa-se, então, que o esforço das equipes docente e de gestão deve estar na construção de um currículo que não se limite às habilidades voltadas ao sistema de escrita alfabético-ortográfico, mas que promova o aprendizado dessas habilidades em práticas de leitura, produção de textos e oralidades formatadas pelos diferentes campos e seus gêneros.

 

O papel da educação bilíngue

Nesse complexo cenário, não podemos nos esquecer de uma modalidade educativa, não mencionada pela BNCC, mas que cresce substancialmente no setor privado – a escola bilíngue.

Na era de mundialização da comunicação, globalização da economia e planetarização das relações internacionais, os brasileiros, de forma geral, demonstram um interesse cada vez maior em aprender línguas estrangeiras de prestígio, principalmente, o inglês, devido, não só ao fato de que essa língua exerce o papel de comunicação mundial por excelência, mas, também, pela representação que circula comumente no imaginário nacional de que ela proporcionaria maiores possibilidades de ascensão social.

Como decorrência do aumento do interesse pela aprendizagem de línguas estrangeiras, de um modo geral, e particularmente do inglês, assistimos a um aumento do número de brasileiros que, tendo as condições financeiras necessárias, optam por matricular seus filhos em colégios internacionais ou escolas bilíngues.

Esse último fato tem feito com que o termo “bilinguismo” e a expressão “educação bilíngue” estejam, agora, muito mais em evidência nos discursos que circulam na sociedade brasileira, do que ocorria anteriormente.

Nessa direção, focalizo em minha apresentação um dos aspectos mais controversos no âmbito da educação bilíngue: o processo de alfabetização. Tema de intermináveis discussões por parte de profissionais da área e grande fonte de ansiedade entre pais de crianças que estudam em instituições bilíngues, o processo de alfabetização divide opiniões e gera inúmeros questionamentos, como:

– Existe algum risco ou prejuízo para a criança que desenvolve habilidades de escrita e leitura nas duas línguas simultaneamente?

– Desenvolver habilidades de escrita e leitura em duas línguas simultaneamente cria uma demanda cognitiva e emocional desnecessariamente elevada para a criança?

– É mais fácil para o aluno e, portanto, mais eficaz ser alfabetizado em sua língua materna e só depois ter contato com a escrita e com a leitura na outra língua?

– Quais métodos são os mais adequados para esta realidade?

As escolas bilíngues no Brasil têm se posicionado diferentemente frente a essas questões e adotam posturas diversas em relação ao processo de alfabetização que se revela por meio de diferentes escolhas metodológicas no ambiente escolar.

Venham conversar com a gente sobre todas essas questões na quarta-feira, dia 15, das 12h às 13h, no Bett Educar, no auditório 6.

 

 

Cristiane Mori é mestre em Linguística pelo Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade de Campinas (UEL-UNICAMP) e fonoaudióloga pela Pontíficia Universidade Católica (PUC-SP). É professora da licenciatura em Pedagogia do Instituto Singularidades. 

 

Antonieta Heyden Megale é doutora em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mestre em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), pedagoga e bacharel em Comunicação Social. É coordenadora da pós-graduação em Educação Bilíngue no Instituto Singularidades

 

Para saber mais: www.institutosingularidades.edu.br
Entre em contato: [email protected]

alfabetização; Bett Educar educação infantil

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