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Como preparar os jovens para empregos que ainda não existem

Miguel Thompson comenta um dos grandes desafios que a escola de hoje em dia enfrenta: preparar os alunos para carreiras não tradicionais, que exigem a solução de problemas e uma nova abordagem de ensino

  • Posted byAna Karla
  • 4 de dezembro de 2018
  • in Posted in Destaques / PARA ENSINAR
  • 0

A escola sempre foi espaço de tradição. Nela, os conhecimentos da humanidade vêm sendo empacotados para ser transmitidos. O conteúdo segue um caminho da pesquisa pura e aplicada da universidade até a transposição didática na educação básica. Neste sentido, o estudante acabou sempre olhando para o retrovisor.

Desde a popularização da escola, no século XIX, decorrente da Revolução Industrial, esse modelo mostrou-se ideal para a formação de mão de obra da intensa industrialização e urbanização dos dois últimos séculos.

No entanto, a partir dos anos 1970, com o acesso aos meios de comunicação e o surgimento da cultura digital, abriu-se um hiato entre a escola e sociedade. O Bug do Milênio, se não foi um apocalipse, prenunciou modificações decisivas, desde os meios de trabalho à produção artística, dos processos de formação à fofoca pueril, em rápida transformação não acompanhada pelos currículos.

A escola de agora não pode se debruçar apenas no conhecimento produzido. Ela deve projetar as possibilidades do futuro. Além do retrovisor, os currículos precisam acender os faróis dianteiros e iluminar caminhos não trilhados. Elaboradores de currículo e professores deverão cada vez mais ler tendências e projetar aulas para o admirável mundo novo.

Nesse ecossistema imprevisível, muitas profissões estão sendo extintas ou modificadas e diferentes atividades aparecem a cada dia. Temos contratos lidos por algoritmos e diagnósticos médicos elaborados via inteligência artificial.

Profissões consagradas vão sofrendo transformações que pedem aprimoramentos ou novas competências. Mas como identificar e desenvolver conhecimentos duradouros, se não há como prever o que ocorrerá nos próximos meses?

A hora e a vez da cultura maker

Nessa nova escola, será preciso “enxugar” conteúdos enciclopédicos e aprimorar a curadoria, identificando essências e eliminando obsolescências; criar experiências de contextualização e aplicação; e incentivar um comportamento investigador e aberto ao desconhecido. Os currículos têm de ganhar flexibilidade e contextualização, agregando inovações e abrindo-se às emergências do mundo complexo.

Ensinando menos e melhor, professores precisam promover o diálogo e respeitar a cultura infanto-juvenil e a diversidade da sociedade. Não se trata de focar apenas o politicamente correto. Mais do que isso, a demanda pela resolução de problemas exigirá diferentes pontos de vista.

Todo processo inovativo exigirá soluções coletivas e negociadas. Nesse contexto, será fundamental desenvolver empatia e alteridade como valores, aceitar o outro com suas ideias e idiossincrasias, mais do que prender-se a moralismos.

No lugar de sujeitos passivos, será necessário incentivar a cultura maker, de fazedores proativos, sempre dispostos a encaminhar soluções para os problemas, dos mais simples aos mais complexos, num eterno jogo de desafios.

Para isso, a escola deve trazer questões contemporâneas para seu interior e levar os estudantes a imersões extraescolares, promovendo a cultura da emergência, da complexidade e do empreendedorismo.

Esta escola focada na transitoriedade, conectando tradição à modernidade, vinculada à contextos reais e eticamente responsáveis, tem tudo para trazer significado aos estudantes e contribuir decisivamente para a sociedade.

Com essa visão, ela terá condições de apresentar ferramental efetivo de modificação do mundo, ampliar a empregabilidade dos jovens e até desenhar novas funções com base em demandas de suas próprias invenções.

Mas a via é de mão dupla. No novo paradigma é importante que o mundo do trabalho se aproxime da escola. O ambiente corporativo precisa se humanizar, abrir-se para a inovação com tolerância aos erros, aceitando a cultura jovem como fator decisivo para o rejuvenescimento das corporações e como elemento de aprendizado, num processo constante de retroalimentação.


 

Miguel Thompson é Diretor de Operações do Instituto Singularidades.  Licenciado em Biologia pela Universidade Mackenzie, doutor e mestre em Oceanografia pela Universidade de São Paulo (USP), Thompson também tem um MBA em Markting pela Fundação Instituto de Administração, da mesma instuição. 

 

Para saber mais: www.institutosingularidades.edu.br
Entre em contato: [email protected]

cultura maker formação de professores profissões do futuro

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