A reflexão sobre o impacto das metodologias ativas no currículo escolar não é recente na educação. Nos últimos anos, foi evidente esse olhar para a implementação da Base Nacional Comum Curricular, oportunizando espaço para o desenvolvimento da autonomia dos estudantes, a partir das possibilidades de sua faixa etária, e do protagonismo com aulas planejadas para que o estudante esteja no centro do processo.
A implementação de diferentes propostas centradas no aluno, por sua vez, não é algo simples de ser feito. Muitas vezes, metodologias ativas são confundidas com uma série de estratégias que fazem uso pontual de tecnologias digitais ou de um jogo, sem que ocorra um planejamento adequado dos objetivos de aprendizagem que se deseja desenvolver, ou para as habilidades e competências que são consideradas nesse processo.
Dessa forma, alguns princípios são essenciais quando refletimos sobre a formação de professores com foco nas metodologias ativas, para que seja possível uma educação que inove e que transforme!
É importante refletir sobre alguns componentes fundamentais desse processo: o papel do professor e dos estudantes em uma proposta de condução da atividade didática que se distancia do modelo considerado tradicional; o papel formativo da avaliação e a contribuição das tecnologias digitais; a organização do espaço, que requer uma nova configuração para o uso colaborativo e integrado das tecnologias digitais; o papel da gestão escolar e a influência da cultura escolar nesse processo.
O papel desempenhado pelo professor e pelos alunos sofre alterações em relação à proposta de ensino tradicional e as configurações das aulas favorecem momentos de interação, colaboração e envolvimento com as tecnologias digitais.
Assim, alguns aspectos são fundamentais para atingirmos formações que sejam efetivas em relação a essa temática e, ao mesmo tempo, ofereçam subsídios para que a homologia de processos esteja presente, ou seja, que o professor vivencie, na prática, a realidade que irá vivenciar em sua sala de aula e possa, assim, fazer escolhas mais adequadas.
Nesse sentido, o curso de pós-graduação em Metodologias Ativas, que terá início em março de 2021 e é coordenado pela professora Lilian Bacich, optou por uma abordagem híbrida, assim como se planeja nas escolas: aulas on-line, síncronas e assíncronas, serão complementadas por aulas presenciais, cada uma com suas especificidades.
Como afirma a professora em sua tese de doutorado sobre o tema, na reflexão sobre a formação continuada ou inicial de professores para o uso de metodologias ativas, pensar a melhor forma de implementação das diferentes propostas na realidade brasileira é um dos maiores desafios, mesmo por que, não há apenas uma, mas várias realidades.
Temáticas como Ensino Híbrido, Aprendizagem Baseada em Projetos, STEAM, entre outras podem compor o leque de possibilidades, mas todas essas propostas envolvem uma reflexão importante sobre sua implementação em diferentes contextos.
É com esse olhar que o curso se constitui, contando com a participação de professores que são referência na pesquisa sobre o tema, mas que também atuam em salas de aula da Educação Básica.
Lilian Bacich é bióloga pela Universidade Mackenzie; pedagoga pela Universidade de São Paulo (USP); mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano (USP).
Você ja utiliza ou pensa em somar as Metodologias Ativas aos seus planejamentos do próximo ano? Conte para a gente!
Saiba mais: http://bit.ly/metodologiasativassingularidades
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