O Singularidades nasceu há 19 anos com princípios e valores bem claros. Somos uma faculdade de educação constituída por professores com sólida formação acadêmica e com os pés no chão da escola, na prática docente. Uma instituição aberta à inovação, com uma proposta que valoriza a prática e acredita no papel central do professor para a mudança educacional que o Brasil precisa.
Ao longo desses anos, construímos uma trajetória respeitada na educação e entre educadores. Anos antes de se tornar linguagem comum, o Singularidades já promovia a formação continuada de educadores em temas como ensino híbrido, uso de metodologias ativas e educação bilíngue, dentre tantos outros.
Um olhar sobre nossa organização e sobre os desafios da educação e do Brasil reafirmou nosso propósito de formar professores capazes de transitar em um mundo em transformação permanente, o que exigirá profissionais mais flexíveis e inovadores.
Esses profissionais deverão também ser capazes de atuar para reduzir desigualdades educacionais, que em nosso país têm forte corte racial. Precisamos de uma pedagogia que dê conta desses desafios, e o compromisso do Singularidades é de ser um ator ativo nessa construção.
Nossa organização reflete as desigualdades e o racismo estrutural presentes em nossa sociedade. Temos apenas duas professoras negras em nossos quadros e o número de alunos – e futuros professores – negros ainda é relativamente baixo.
Somente é possível pensar em uma pedagogia que valorize a diversidade e atue na redução das desigualdades em uma organização que pratica esses valores. E é por isso que criamos o Compromisso Antirracista do Instituto Singularidades. Os três pilares iniciais dessa política são o novo Fundo de Bolsas para Equidade Racial, o Programa de Formação Antirracista e a Política de Desenvolvimento Institucional Antirracista do Instituto Singularidades.
O Fundo de Bolsas de Equidade Racial foi criado para que possamos formar mais professores negros. Segundo os dados do Ministério da Educação, há uma sub-representação de professores pretos e pardos no Brasil. Os pretos autodeclarados representam 7,6% da população, mas apenas 4,3% dos educadores brasileiros. Já os pardos são 43% da população, mas 25% dos educadores.
Nossa meta é ter 30% dos estudantes do Instituto neste programa de bolsas de equidade racial nos próximos 4 anos. A Bolsa é composta pela isenção das mensalidades e taxas praticadas pelo Instituto e de um auxílio aos estudantes no valor de meio salário mínimo mensal.
Os primeiros 31 estudantes a serem contemplados em 2021 por este fundo terão suas bolsas custeadas pelo Instituto Península e pela Fundação Lemann, a quem agradecemos.
O Programa de Formação Antirracista do Instituto Singularidades tem o objetivo de formar educadores, gestores educacionais públicos e privados na temática antirracista. A partir de 2021, serão oferecidos cursos de extensão, imersões, webinários e cursos auto-instrucionais na temática.
O letramento e a sensibilização pela equidade racial de todos os nossos profissionais darão início, em 2021, à Política de Desenvolvimento Institucional Antirracista do Instituto Singularidades.
Nossa política de contratação de profissionais, formação de lideranças e relacionamento com fornecedores será reorganizada tendo a temática antirracista como um de seus pilares, além dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Não acreditamos que é possível mudar o Brasil sem que passemos, pessoas e organizações, por uma transformação individual. Uma educação antirracista precisa ocorrer em escolas antirracistas. O Instituto Singularidades reconhece que também precisa se transformar para que possa ser uma plataforma efetiva de educação para a equidade.
Confira o edital do Fundo de Bolsas para Equidade Racial aqui.
Alexandre Schneider é Presidente do Instituto Singularidades. Foi secretário da Educação do município de São Paulo e professor-visitante da Columbia University.
Para saber mais: https://institutosingularidades.edu.br/novoportal/programa-de-beneficios/
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