Desde o início do período de isolamento social, a partir do momento em que as escolas tiveram que abruptamente suspender as aulas, nós, professores, tivemos que enfrentar uma nova realidade: o ensino remoto.
Diante da problemática da desigualdade social e econômica que nos assola e da, consequente, falta de recursos tecnológicos de muitos alunos, educadores se veem perante o desafio de fazer com que suas aulas atinjam a todos estudantes seja por meio de plataformas digitais, WhatsApp ou programas de rádio.
Nas mais diversas realidades, professores valem-se, nem sempre por escolha, de plataformas e estratégias antes desconhecidas para o cumprimento de seu ofício de ensinar. O fato é que a pandemia de COVID-19 impactou a escola e nossos modos de ensinar e aprender.
Nesse período tão difícil que vivenciamos foi necessária uma rápida e, muitas vezes, sofrida adaptação a uma nova realidade imposta do dia para a noite e, para isso, a cooperação, a troca de experiências e conhecimentos e o olhar empático para com nossos alunos e nossos colegas é fundamental.
Desde que perdemos a escola como território, a pergunta que me faço é: quais lições poderemos tirar desse período em que, apesar de não estarmos presencialmente no espaço físico da escola, trabalhamos intensamente para construir conhecimentos junto a nossas alunas e alunos?
De todas as verdades, tão provisórias, na atualidade, a importância e o compromisso dos educadores se prova incontestável. É o professor que acolhe, auxilia, orienta a família, descobre novas possibilidades tecnológicas e metodológicas para que o aprendizado de nossos alunos não cesse.
Neste momento, nós, do Singularidades, também estamos empenhados em fazer com que o aprendizado das professoras e professores de nossa comunidade não pare. Foi com esse intuito e compromisso que transformamos nossa tradicional programação de inverno para a modalidade remota.
Sim, sentiremos falta dos abraços, dos encontros e das conversas gostosas na cantina da Paulinha, mas sabemos que vivemos tempos de exceção e que eles exigem inventividade e experimentação. Teremos, portanto, uma programação de inverno que compreende três cursos:
– Práticas e princípios para o trabalho com produção oral no ensino bilíngue, com as professoras Antonieta Megale e Camila Dias.
– Práticas alfabetizadoras no contexto dos letramentos, com a professora Cris Mori.
– Metodologias Ativas em ambientes presenciais e digitais, com as professoras Carolina Costa e Ana Claudia Loureiro
Esses cursos ocorrerão entre 4 e 18 de julho e terão o seguinte formato: 6 horas de atividades síncronas para interação com professores e colegas e 9 horas de atividades assíncronas, organizadas em 3 blocos de 3 horas, em que os alunos terão a liberdade de estudar no horário mais conveniente.
Neste momento, queremos nos valer de recursos tecnológicos que nos auxiliem a nos conectar com vocês, nossos alunos. Apostamos em um futuro com nossos corredores repletos de sorrisos e com o acúmulo dos conhecimentos construídos ao longo deste período. Seguimos com coragem para criar o novo e esperança em dias melhores e mais justos.
Antonieta Heyden Megale é doutora em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas, mestre em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, pedagoga e bacharel em Comunicação Social. É coordenadora dos Cursos de Extensão e da Pós-Graduação em Educação Bilíngue do Instituto Singularidades.
Para saber mais: https://institutosingularidades.edu.br/novoportal/categoria-produto/programa-de-extensao/
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