Mudar a trajetória profissional não é algo simples. Sentimentos como o medo, a insegurança e a dúvida podem fazer com que a decisão de abrir mão de uma carreira para se iniciar em outra seja adiada, ou mesmo abandonada. Ainda mais quando esta mudança passa por uma nova graduação com duração de, no mínimo, oito semestres. Muitos estudantes acabam por ter de compartilhar o trabalho anterior com a nova formação, o que torna a rotina ainda mais corrida.
Mesmo diante de tudo isso, no Singularidades muitos alunos estão nesse movimento de mudança. Vindos de diferentes formações e carreiras como comunicação, direito, finanças e, mesmo do mundo do educação e em busca de novas possibilidades em sala de aula, estes estudantes têm em comum a vontade de contribuir para a sociedade, de fazer um trabalho com propósito e o amor por ensinar. Conheça a seguir algumas das histórias de quem se lançou à aventura de, por meio da segunda graduação em Pedagogia, aprender para ensinar, contadas por eles mesmos.
MARCELA PELLONI, ALUNA DO 7o SEMESTRE
Minha primeira graduação foi em Letras (Português/Espanhol). Atuei na área em que me graduei antes, e pretendo voltar. Comecei a dar aulas de português na rede estadual de São Paulo no último ano da faculdade, em 2012, e continuei trabalhando nesta função até o ano passado. Só parei para diminuir o ritmo neste ano.
Fazer Pedagogia já tinha sido uma opção, mas eu sempre inventava uma desculpa diferente, até que tomei coragem e percebi que seria muito importante unir essas duas graduações: entender desde o processo de alfabetização até o fim do ciclo da educação básica.
Depois que comecei a graduação no Singularidades, fui percebendo outras coisas importantes que todo professor especialista deveria também refletir na sua formação.
A minha jornada é de grandes conquistas e muito aprendizado. Também consigo perceber que melhorei muito como profissional, conseguindo olhar para cada função da escola, e também tendo cada vez mais um olhar individual para cada aluno.
Aprendi no Singularidades, mais do que na minha primeira graduação, a escrever e relacionar teoria e prática. Não sinto mais tanta dificuldade em fazer isso. E no futuro, para complementar ainda mais minha formação profissional, iniciar um projeto de mestrado pode ser uma excelente opção.
JULIA HENRIQUES, ALUNA DO 7o SEMESTRE
Minha primeira graduação foi em Direito, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), onde me formei em 2010. Foi um curso que escolhi com tranquilidade quando saí da escola, pois achava que tinha o meu perfil, pois adorava ler, escrever e argumentar.
Trabalhei na área jurídica por bastante tempo antes de decidir mudar de profissão. Foram mais de 10 anos trabalhando em escritório de advocacia e mais de 7 como advogada. Inclusive, quando entrei no Singularidades, ainda estava trabalhando como advogada.
Tive que conciliar o meu primeiro semestre de faculdade com a atuação jurídica, pois estava organizando a minha transição e também queria ter certeza da minha nova escolha.
Nunca cheguei a sentir que o direito “não era uma área pra mim”, mas, ao mesmo tempo, queria estar na educação, pois sempre “adorei ensinar”. Desde a escola eu valorizava e tinha interesse pelo processo de ensino-aprendizagem e admirava muito os meus professores.
Minha jornada na graduação em Pedagogia tem sido muito rica, e vem confirmando e ampliando todas essas ideias que se afloraram ao longo dos anos no meu processo de descoberta.
Fazer Pedagogia no Singularidades também me permitiu conhecer pessoas incríveis, realmente preocupadas com as questões humanas. Nesse último ano de formação, já posso dizer que ter decidido fazer essas transição foi uma das melhores escolhas que fiz!
Minha expectativa depois de formada é trabalhar bastante em sala de aula, conhecendo a prática de perto e profundamente. Acredito que para qualquer outra área de atuação na educação – desde políticas públicas até cargos de gestão – é essencial conhecer o dia a dia da escola, a rotina e desafios dos professores.
JÉSSIKA TORQUETTE, ALUNA DO 7o SEMESTRE
Minha primeira graduação foi na área de Finanças, e a escolha por ela esteve completamente ligada à minha área de atuação.
Trabalhava em um escritório de cobrança e fui indicada para um processo de recrutamento interno para supervisão de uma carteira (carteiras são os clientes que a empresa realiza os serviços de negociações e acordos).
Uma das exigências que integrava o processo seletivo era a graduação (ainda que em andamento) em áreas que agregassem conhecimentos para gestão dos negócios.
Mas eu sempre quis ser professora! Acredito que pela imaturidade e por algumas circunstâncias, acabei tomando outros caminhos antes de chegar à educação. Mas não havia outro caminho para mim.
Então, perto de fazer 30 anos, naquele momento em que você começa a avaliar cada área da sua vida e repensar suas prioridades, me reencontrei com o desejo de seguir esse sonho. Sonho que, nesse momento, foi tomando forma de projeto de vida, e se transformando em umas das minhas principais metas.
Foram alguns meses avaliando em que faculdade ingressar, em como conciliar o trabalho no escritório e a faculdade e então cheguei ao Instituto Singularidades e seu curso de Pedagogia com uma proposta de prática desde o primeiro semestre.
No primeiro semestre, ainda conciliava a rotina da área de atuação anterior com a faculdade. Somente no segundo semestre iniciei o estágio remunerado em uma escola de educação infantil, passando a me dedicar integralmente à educação. Nesse momento senti que estava fazendo o que realmente gostava e ainda conseguia associar a teoria com a prática.
Quando falo da minha jornada até aqui, meu coração acelera e meus olhos se enchem de lágrimas. Sou apaixonada pela educação, e acredito que uma mudança social vem por meio de uma educação de qualidade para todos. Foram imensos desafios e descobertas durante essa jornada.
As experiências que esses três primeiros anos me proporcionaram me transformaram como mulher e me compõem como educadora. As referências teóricas com as quais fui tendo contato e que embasam meu fazer pedagógico, os amigos que conquistei e divido aprendizados, angústias, trabalhos e muitas risadas, os professores maravilhosos, a rotina escolar e, o mais importante, o encontro precioso com as crianças me nutrem e me fazem querer aprendem cada vez mais.
Hoje trabalho como professora auxiliar em uma escola da rede particular no seguimento da Educação Infantil, mas meu desejo com a graduação concluída é prestar concurso e passar a atuar na escola pública.
Nos primeiros anos da graduação a Educação Infantil e suas infinitas possibilidades poéticas, carregadas de aprendizados, desafios, amor e trocas, onde me encanto e aprendo todos os dias e me trouxe a certeza de que essa foi à escolha mais acertada na minha vida até agora.
Um dia, em uma conversa em sala de aula, um professor citou Nietzche dizendo: “Torna-te quem tu és!” É isso que venho me tornando através da Pedagogia, é isso que quero buscar e ser todos os meus próximos dias, desde e para sempre!
MYDIAN DOS SANTOS, ALUNA DO 7o SEMESTRE
Me formei em Comunicação em 2009, não atuei diretamente na área, mas, tive uma carreira próspera de 11 anos numa empresa de seguros. O aumento de salário era gradativo, e as promoções iam sendo oferecidas sem que eu houvesse pretendido.
Quando, com 9 anos de empresa, percebi que ali era um lugar que eu não mais queria estar, já não fazia sentido trabalhar para obter à empresa lucros monstruosos, algo mais humano requeria a minha motivação.
Assim, ingressei numa pós graduação em Desenvolvimento do Ser humano com Abordagem Transdisciplinar e foi ali que, a cada dia, tinha ainda mais certeza que eu poderia fazer mais para mim e para o mundo.
Ainda no mundo corporativo, sentia que faltava algo. O que tinha ali já não preenchia, não estava relacionado a um bem estar e ao fazer algo com sentido. Até a minha decisão em seguir com um novo roteiro de vida, continuei acordando cedo, mas, ainda rejeitando o “estar” no trabalho.
Frente a uma pós-graduação com foco no autoconhecimento, passei a recordar de um dos momentos mais felizes e com sentido, que tive ao longo dos meus 31 anos à época. Foi numa atuação com um grupo de alunos na Associação de Amigos e Pais de Excepcionais (APAE), ainda na adolescência. Quanto mais recordava esse tempo, mais energia eu sentia para mudar e querer fazer algo diferente.
Assim, a decisão foi tomada e pedi demissão em fevereiro de 2017. Quis olhar e conhecer mais da APAE, da educação inclusiva e do desenvolvimento das crianças em situação de inclusão, e este foi o momento da certeza de mudança. Pois bem: me matriculei na pedagogia em julho daquele mesmo ano.
A graduação em Pedagogia no Singularidades está sendo um presente. Atualmente trabalho como auxiliar de sala/ estagiária numa escola, e a cada dia percebo que a educação de alguma maneira já fazia parte de mim.
De alguma maneira acredito, assim como a minha chegada até aqui, que conseguirei auxiliar novas pessoas a se desenvolverem num mundo tão desigual, autoritário e preconceituoso como esse em que vivemos.
MARCOS BEZERRA SILVA LOPES, ALUNO DO 6o SEMESTRE
Minha primeira graduação foi em História – Licenciatura. Trabalho na área desde 2014, sou concursado como professor de História na rede estadual de São Paulo, portanto estou na rede há 6 anos.
Antes de atuar na rede estadual, eu trabalhava no comércio (restaurantes), mas sempre tive o desejo de ser professor.
No ano de 2007, decidi que precisava ter uma profissão. Foi neste momento que o desejo de ser professor se reacendeu, então já estou eu na minha 2º graduação de Licenciatura.
Comecei Pedagogia na Universidade Estadual Paulista (UNESP), mas logo percebi que aquele curso não atendia ao que estava procurando. Eu já conhecia o Singularidades e seu projeto pedagógico, então ingressei em 2017 na Licenciatura de Pedagogia. Por problemas de saúde, tranquei o curso em 2018 e retornei em 2019.
O curso tem me acrescentado muito, tanto teoricamente como na prática e, como já atuo como professor, procuro a todo momento refletir a aplicabilidade dos nossos debates em sala. Posso dizer que fiz a escolha certa.
Minhas expectativas sempre foram de ter melhor performance em sala de aula. Penso que meus alunos merecem um bom professor, e é este é o motivo de eu estar em uma 2º graduação.
Mas, também, tenho interesse em ampliar minha área de atuação, como por exemplo, por meio da produção de material didático, desenvolvimento de projetos, coordenação pedagógica ou produção de conteúdos para educação remota. Além disso, alimento o desejo de ingressar em uma pós-graduação stricto sensu (Mestrado e Doutorado).
LUCILA GARCIA, ALUNA DO 8o SEMESTRE
Me formei em Comunicação Social com Especialização em Marketing em 2003 na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Além disso fiz um ano de Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP).
Na época, fazia as duas graduações simultaneamente, mas por conflito de ideologias entre elas acabei trancando a Sociais e perdi a vaga por tempo de trancamento. Foi bem triste para mim não conseguir voltar para a USP.
Entrei no mercado de trabalho de Comunicação antes mesmo de terminar a graduação. O campo de trabalho é bem abrangente e escolhi trabalhar em agências de eventos, fiz carreira nesta área na qual atuei por 17 anos. Quando resolvi mudar de profissão, já estava como gerente de núcleo em uma agência, atendia duas grandes contas da empresa, e tinha nove funcionárias sobre minha gerência. Isso foi em 2016.
Acho que não é justo dizer que a área “não era para mim”, pois foi importante atuar nela durante 17 anos da minha vida profissional, ela foi até importante para que eu chegasse onde estou hoje. Mas no meio de 2015 tive uma crise feia de labirintite por conta do estresse da minha vida profissional. Trabalhar com eventos é uma “aventura”, não temos muita chance de errar e a pressão é grande.
Neste momento, comecei a refletir muito sobre as minhas escolhas e a minha vida. Quem diria que uma crise de labirintite me colocaria de volta no eixo!
É importante dizer também que, neste mesmo ano, o Brasil estava vivendo uma difícil crise política, o que também me impulsionou a mudar de área. Sempre acreditei que a educação é o principal caminho para a conscientização política de uma sociedade.
Enfim, juntei todas essas questões e, após muitas conversas com meu marido e minha família, iniciei um curso de pós-graduação no Singularidades, que acabou me levando naturalmente para a graduação em Pedagogia.
Digo a todos que me perguntam que não me arrependo nem um pouco das minhas escolhas até aqui. Acredito que as transformações que são efetivas começam sempre de dentro para fora. Primeiro, tive que me redescobrir como ser e estar neste mundo (o Instituto Singularidades foi fundamental nesta reflexão, afinal no currículo do 1º ano de curso, temos disciplinas dedicadas ao autoconhecimento e à conscientização dos percursos da vida que nos levaram até a graduação em Pedagogia), para depois me descobrir como profissional na Educação.
Meu caminho até aqui tem sido maravilhoso, uma travessia, um processo de desconstruir estereótipos para construir um conhecimento personalizado e crítico sobre o mundo ao nosso redor, sobre o processo de ensinar-aprender.
Os professores do Singularidades são espetaculares e trago um “pedacinho” de cada um deles na minha forma de ser educadora. Além disso, experimentar desde o 1º semestre, com os estágios curriculares, as práticas em sala de aula me ajudaram muito a entender qual o meu espaço na Educação.
Cheguei a trabalhar como estagiária em algumas escolas e hoje estagio na Supervisão de Acadêmica no Singularidades. No futuro, quero desenhar um plano de formação continuada. Não quero parar de estudar, fazer mestrado e trabalhar em escola para iniciar este processo de construção prática, ter a vivência do chão da sala de aula.
Ao mesmo tempo, quero continuar trabalhando na Supervisão Acadêmica do Singularidades, pois estou aprendendo muito com essa experiência e adorando fazer parte deste time de profissionais que admiro.
O que você achou das experiências que nossos alunos compartilharam? Também tem interesse em cursar uma segunda graduação na área de educação? Conte para a gente!
Para saber mais: www.institutosingularidades.edu.br
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