Mesmo antes do início da vida escolar, os números já fazem parte da vida das crianças. Contar uma coleção de objetos “recitando” os números ou mostrar a idade usando os dedos das mãos são algumas mostras destes primeiros contatos. Entretanto, a compreensão e não a repetição só dão lugar à compreensão de conceitos no final da etapa da Educação Infantil, que é quando acontece o letramento matemático.
Segundo a BNCC, as competências e habilidades de raciocinar, representar, comunicar e argumentar matematicamente compõem o que se conhece por letramento matemático. A partir dele, os educandos também poderão estabelecer conjecturas, formular e resolver problemas em diversos contextos. Essa ideia de tornar o ensino desta disciplina mais próximo do cotidiano já constava dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), sob o conceito de “alfabetização matemática” ou “numeramento”.
Mas quando falamos do letramento no contexto do ensino da Língua Portuguesa, temos de ter em mente que alfabetizar é ler e escrever, enquanto o letramento trata da função social da leitura e da escrita. O letramento matemático, desta forma, aproximaria a Matemática do cotidiano dos estudantes, ajudando-os a compreender melhor a realidade em que estão inseridos.
“O letramento e o letramento matemático são divididos apenas para fins de estudo sobre suas especificidades. O docente promove a ampliação da capacidade de uso da língua e da matemática quando cria práticas de aprendizagem para que o estudante elabore formas de pensar, analisar e criticar informações, fatos e situações cotidianas e de contexto mais amplo”, comenta Alexandre Silva, professor de Matemática do Instituto Singularidades e do Colégio Domus Sapiantae, em São Paulo.
Brincadeiras e investigação
Atividades que ajudem a formular o conceito de número devem ser elaboradas pelos docentes para que cada um dos membros da sua turma possa pensá-lo de uma forma mais concreta. Atividades de contagem, que envolvam relações entre coleções diferentes (materiais manipulativos como tampinhas, canetas ou pedrinhas) e atividades lúdicas (um jogo simples com cartas do tipo ” quem tem mais leva”) são opções que favorecem a construção do conceito de número, sugere Alexandre.
Além da contagem e das brincadeiras, trazer a investigação para as aulas de Matemática muda a dinâmica das aulas e estimula o desenvolvimento do pensamento crítico e criativo. “Este pode ser um recurso utilizado na aula de Matemática ou de maneira mais ampla, criando comunidades de investigação. Uma vantagem da investigação é que sua implementação não depende de muitos fatores físicos (equipamentos e espaços adaptados)”, completa o professor.
As atividades investigativas podem, ainda, potencializar as capacidades de ampliação das capacidades de utilização da língua e da Matemática, quando inseridas no contexto de resolução de problemas, complementa o docente.
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